«O Físico Prodigioso»: uma biblioteca seniana

Ed Caliban
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14 min readJun 25, 2018

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Jorge de Sena

Marcelo Pacheco

Os anos de 2018 e 2019, por neles se completarem redondas contagens temporais, são propícios à revisitação da obra de um dos grandes escritores portugueses do século XX: Jorge de Sena. No primeiro, verifica-se a triste mas inevitável memória dos 40 anos de falecimento do autor de Sinais de Fogo, completados no último dia 4 de junho; no segundo, temos a bem mais ditosa (e ainda mais redonda) data do centenário do seu nascimento, a ser celebrada em 2 de novembro do ano que vem. Por tudo isso, é tempo de (mais do que sempre) lembrar Jorge de Sena. E lembrá-lo é, dentre tantas opções, resgatar sua erudição, o vasto repertório cultural que ele acumulou, o qual, cremos, se já se manifesta, por óbvio, em conjuntos de versos como Arte de música (1968) ou Metamorfoses (1963), também o faz, ainda que de forma menos evidentemente, na obra ficcional O Físico Prodigioso (1964), texto em que comparecem tantas referências literárias e culturais, confessadas ou não, que o reconhecemos como uma verdadeira biblioteca seniana, espaço-abrigo de muitas leituras suas.

Essa narrativa fantástica fornece a parte final ¾ ou supostamente final ¾ da trajetória do personagem-título, que caminha pelo mundo curando doentes através dos poderes de que é investido pelo uso de um gorro mágico, artefato com que fora presenteado na infância pela madrinha, que o criara, e que ratificava um pacto com o Diabo, que o segue desejoso do seu corpo e verdadeiramente o amando. Em seu curso, o físico alcança um castelo no qual encontra convalescente sua castelã, Dona Urraca, figura feminina que, uma vez curada, pela primeira vez logra prender o herói por um estreito vínculo afetivo que o fará optar por permanecer no lugar mais do que seria o costume, provocando nele, primeiramente, o anseio de interromper sua já longa caminhada, e, em seguida, numa radicalização dessa ideia, o desejo de morrer. Dotado que é de poderes, o físico terá sua vontade atendida e, assim, os dias de prazer com Urraca e as donzelas do castelo serão bruscamente interrompidos por um processo inquisitorial que aprisionará o casal de amantes e os conduzirá à morte, perecimento que não será definitivo, já que, ao fim da novela, assiste-se ao renascimento dos personagens num novo e inominado casal, cujo encontro estará de novo catalisado pela ação do gorro mágico, modo de sinalizar a onipresença do Diabo no que houve ou estaria por vir.

Ora, essa criação seniana é, inicialmente, uma releitura de duas parábolas religiosas quatrocentistas, como Sena deixa claro em seu posfácio: “Este conto, ou, mais exactamente, novela, é desenvolvimento muito ampliado e, se quiserem, muito deturpado de dois ‘exemplos’ do Orto do Esposo, o belo livro moralístico-religioso da literatura portuguesa da primeira metade do século XV.” Trata-se de uma releitura paródica desses dois exemplos, dado que o aspecto moralizante será deturpado pela apologia da narrativa à liberdade, metaforizada sobretudo no comportamento sexual dos personagens. No entanto, não é apenas no posfácio que Sena explicita que sua novela funciona como uma paródia, já que, cremos, o autor ainda o sugere no início do segundo capítulo da narrativa: “O castelo era pequeno, mas muito antigo; se tinha aquele aspecto de fábrica nova era porque havia passado por grandes obras, em tempos recentes…” Tomando a descrição como metáfora, podemos inferir que a pequena novela da segunda metade do século XX seria esse mesmo antigo e pequeno castelo, cujo aspecto de fábrica nova, a produzir novas facetas para velhos personagens e distintos caminhos para antigos enredos, dá-se em função das grandes obras promovidas pelo seu autor, levando, nos termos do próprio Sena, a um desenvolvimento muito ampliado.

Mas O Orto do Esposo é apenas uma referência dialógica confessada pelo autor. A obra é arquitetada sob outras diversas afinidades intertextuais que surgem aos leitores mais atentos, como as medievais novelas de cavalaria, relação que o físico andante e a ambientação pseudomedieval da novela evidenciam, ou as cantigas medievais que o texto emula ou ainda o tema do diabo apaixonado explorado por Jacques Cazotte no século XVIII. Mas, dessa ou de outras diversas figuras dramáticas com as quais o físico dialoga — e lembremos a metáfora do poliedro que Gilda Santos usa para identificá-lo na clássica Tese Uma alquimia de ressonâncias: O Físico Prodigioso de Jorge de Sena — destaca-se a do mito cristológico. Sobre isso, a análise promovida por Francisco Cota Fagundes no artigo “O artista com um malho: uma leitura de O Físico Prodigioso” é um interessante trabalho de aproximação intertextual entre o protagonista da novela seniana e a figura mítica de Jesus Cristo (seja a de base genuinamente bíblica, seja a advinda dos manuscritos chamados apócrifos, seja a de características oriundas do imaginário cultural do Ocidente). Os resultados da pesquisa de Fagundes apontam que há “profundas diferenças entre a vida do físico e a de Cristo, as quais são todavia mais significativas que as semelhanças”. A consciência dessa similitude deformada nos faz sentir, por exemplo, a fina ironia da defesa que o físico realiza de si diante da acusação, perpetrada pelo capelão, de ele ter pacto com o demônio: “Porque haveis de pensar que um moço como eu, que dá o seu sangue para salvar os moribundos, não é um bom cristão?” ¾ declaração que estrategicamente ocultará suas dessemelhanças com o Cristo, iluminando apenas as afinidades, confundindo assim o delator. E se o físico está a se justificar com franqueza é porque a ironia aloja-se na camada extradiegética da construção do discurso, sendo antes de autoria da diabólica poética seniana.

Segundo ainda Cota Fagundes, há ao redor do físico o mesmo messianismo que cerca o Cristo, já que o protagonista da novela era esperado por Urraca como o salvador que lhe curaria os males daquele corpo feminino que convalesce na cama a aguardar a chegada do cavaleiro principesco que a despertará (mise-en-scène que, muito adequadamente, Francisco F. Sousa, no artigo “Abordagem: espaços”, identificou como referência ao conto de fada A Bela Adormecida). E as donzelas que o encontram no vale expõem os seguintes requisitos para distinguir o esperado homem:

¾ Mas ela [Dona Urraca] espera continuadamente um filho de rei.

¾ Que tenha em si três condições mui nobres.

¾ Que seja mui formoso.

(…)

¾ Que seja grande físico.

(…)

¾ E que seja…

A primeira então completou a frase: ¾ Virgem.

Ora, a beleza do protagonista é um traço facilmente relacionado à imagem tradicional do Cristo que foi imputada pela arte europeia, especialmente a renascentista. Quanto às habilidades medicinais do físico, trata-se de aptidões que se coadunam com o hipocorístico de grande médico (difundido no discurso da tradição ocidental) com que se identifica o Cristo, epíteto de origem bíblica baseado nas ações curativas de Jesus apontadas pelos evangelistas, como Mateus 4, 23: “Jesus percorria toda a Galiléia, (…) curando todas as doenças e enfermidades entre o povo”. E é enfim desnecessário amiudar a virgindade do cordeiro que tiraria os pecados do mundo, com a qual o terceiro requisito desenha seu paralelo. Mas, no tocante à paternidade dos personagens, condição que surge fora da enumeração oficial das três principais, a relação não poderia mesmo se estabelecer no nível da semelhança, porque, enquanto a crença cristã estabelece Jesus como o filho primogênito de Deus, em O Físico Prodigioso Deus é um personagem que não existe ¾ residindo aí a fundamentação para que se lide jocosamente com a filiação real do físico (e reparemos que a pergunta “Tem mesmo que ser filho de rei?”, feita por ele, não traz em verdade uma resposta, apesar de pressupor, a princípio, valor negativo), arrogando ao dado importância que não se concretiza.

Aliás, a origem e a infância do físico são marcadas por lacunas (biografia que Jorge Fazenda Lourenço chamou de “fugidia e ambivalente”, embora tenha feito valioso esforço para recortar as suas evidências no texto de Sena e reconstruí-las de modo linear no artigo “As rosas do desejado: sobre O Físico Prodigioso de Jorge de Sena”) similares às que encontramos nos Evangelhos no que diz respeito à vida de Jesus. No tocante ao pouco que sabemos sobre as origens do físico, chama a atenção a autoridade assumida pelas figuras femininas nos rumos do seu fado. Quem realiza o pacto que para sempre determinará a convivência entre o protagonista e o Diabo é a ama que o criara: “vendo-o ainda impúbere, mas já com o corpo de homem, sua madrinha (que lhe dera o gorro) convocara o demo, que logo se abraçara a ele apaixonado”. Mas tal paixão não encontrou correspondência no físico: “o Diabo pedia pouco, se se contentava com uma simples disponibilidade complacente, em que nem com um gesto, nem com um palpitar da carne, ele pactuava” (grifo nosso) ¾ e a eleição vocabular de Sena não pode ser desprezada, porque a opção por esse último verbo, ao invés retribuir ou concordar por exemplo, é provocadora de uma interpretação voltada para o campo dos acordos demoníacos, a renegar que o físico a isso se rendesse. Há então absoluta lisura na autodefesa do herói ao afirmar categoricamente ao capelão: “Eu não tenho pacto com Satanás.” ¾ detalhe importante não contemplado por Orlando Nunes de Amorim no artigo “O Físico Prodigioso no tecido faústico” (análise comparativa entre o físico e o mito de Fausto, outra importante referência intertextual da narrativa). Maria Staack Reis Machado corrobora nossa análise, afiançando que, “ao contrário de Dorian Gray ou de Fausto, o físico fica isento de qualquer pacto, porque ao demónio nunca correspondeu”. A menção ao personagem de Oscar Wilde (trabalho comparativo, aliás, que a novela ainda espera que seja mais aprofundadamente abraçado) é interessante, visto que a diferença primordial entre os caminhos percorridos por Dorian Gray — ou por Narciso (e reparemos como as referências vão se avolumando), figura que nos é sugerida pelas cenas em que o físico vê sua imagem refletida em superfícies líquidas — e o herói seniano encontra-se na postura deste em finalmente se deixar levar pelo poder transformador do feminino (o recente trabalho de Fábio Mário da Silva A função das personagens femininas em O Físico Prodigioso de Jorge de Sena ressalta essa questão). Enquanto Narciso rejeita todas as mulheres (consubstanciadas na figura de Eco) e as relações de Dorian Gray não passam de simples estratagemas para alimentar o seu próprio ego, o físico, ao contrário, supera seu egocentrismo a partir da interferência de Dona Urraca em sua formação. E, se o físico, afinal, não tem pacto com o Diabo, isso se dá justamente em função de a responsabilidade pelo acordo ser em verdade de sua madrinha ¾ indício do governo da mulher em seus caminhos desde a sua origem.

Verifica-se que também os seus milagres, que se multiplicam na primeira parte da narrativa, são levados a termo por influências femininas: Urraca e as donzelas farão com que ele reconstrua a paisagem idílica em que fora encontrado no capítulo inicial (em uma subversiva restituição do Paraíso Perdido que não encontra par nas narrativas bíblicas) e serão também elas agentes da ressurreição em larga proporção que o físico promoverá dos homens sepultados à margem do castelo (o milagre da ressurreição de Lázaro amplamente majorado). E é Urraca quem induzirá o físico a ponderar sobre o seu aspecto divino, quando ela, de joelhos e agarrada às suas pernas, profere enfaticamente: “És um deus, és um deus, és um deus.” Ora, do mesmo modo, o primeiro milagre de Jesus relatado na Bíblia, o das Bodas de Caná, dá-se sob insistência de Maria de Nazaré, sua mãe. Esse paralelo, por sinal, colocaria Urraca na posição ideológica, ainda que não biológica, de mãe do físico, conforme vislumbra Mike Harland, no ensaio “Metamorfose, transformação, individuação: aspectos junguianos de O Físico Prodigioso de Jorge de Sena”, ao perceber a castelã como a que “representa a mãe que ele perdeu”, possibilidade igualmente levantada por Jorge Fazenda Lourenço ao sugerir que, “no plano meramente interpretativo, (…) ficará ainda a suspeita da identificação de Dona Urraca com a madrinha-mãe do protagonista, assumindo também ela (…) o papel de mãe e amante” — o que, dessa vez, aproximaria o herói do mito de Édipo.

Mas retomemos mais detidamente a análise de Francisco Cota Fagundes sobre a novela, enumerando algumas das analogias por ele encontradas entre o físico e o mito messiânico bíblico, quais sejam: a missão de disseminar o amor, a capacidade de ressuscitar os mortos e curar os enfermos (inclusive oferecendo para isso o próprio sangue) e a representação de ameaça às normas e instituições vigentes. Esse último aspecto será preponderante para levar o herói à condenação; segundo Fagundes, “os crimes de que o físico é acusado são os mesmo que foram atribuídos a Cristo: atentar contra a ordem estabelecida, sedição, incitamento à desordem e heresia”, num processo que se instaura após o herói ser “denunciado por uma figura de Judas Iscariote, o capelão do castelo”. Inicia-se então o que designaríamos como a Paixão do físico.

Mas a primeira parte da novela também trata, por assim dizer, da Paixão do físico. Nesse caso, porém, o vocábulo acomoda o significado que usualmente lhe é atribuído a partir dos discursos oitocentistas, pertinente ao campo dos afetos ¾ e vale ressaltar que as ocorrências da palavra na novela farão referência sempre a tal sentido. Mas essa não é a única leitura possível para o sema paixão e, se contemporaneamente ele é facilmente associado ao amor, nos séculos XVII e XVIII a paixão era a glória e a honra e, ainda antes, etimologicamente paixão advém de pathos, palavra grega que denota sofrimento, como no calvário que é o clímax da narrativa cristológica, com a vitória de Jesus ao resistir aos maus tratos impostos pela via crucis e, com a sua ressurreição, a representar precisamente a sua glória e a sua honra em derrotar a morte.

Francisco F. Sousa sugere essa mesma duplicidade no que toca ao físico quando nota que “a tortura que pretende destruí-lo e reduzi-lo a nada acaba por convertê-lo ainda mais em herói, pois a sua dignidade e coragem nunca são debilitadas, apesar das experimentações mais abjectas a que é submetido”. Em O Físico Prodigioso, portanto, a resistência passivamente gandhiana à tortura, a sua vitória final transfigurada no extermínio da ordem vigente promovido anarquicamente por uma população enraivecida e, mais, a posterior sugestão de ressurreição na figura de um novo físico amalgamariam em sua conjuntura igualmente as três concepções possíveis de paixão: agonia, glória e desejo. Essa segunda Paixão do físico ¾ que expõe seu martírio, ou seja, sua agonia e glória ¾ alcança ápice na metade final da novela, em sequência que surge sempre em paralelo às narrativas bíblicas sobre a aflição do Cristo, haja vista o percurso que o agonizante herói vence sob o testemunho da população, além do resultado da violência sofrida que o corpo do físico denuncia, com direito a chagas como as de Cristo, e a magia da regeneração da beleza do seu corpo a representar a divindade do mártir, sugerida pela iluminação de tons olímpicos do Sol alto ¾ grafado de modo significante com letra maiúscula, fato que não se repete em outros momentos da narrativa em que se faz menção ao astro. E se, curiosamente, em sua via crucis o condenado nada carrega ¾ nem o permitiria a sua condição física, claramente mais depauperada do que a do personagem bíblico — não se deve deixar escapar à leitura a metafórica cruz imensa e opressora que o físico na verdade arrasta, simbolicamente demonstrada no momento em que os representantes do clero se haviam aproximado dele ainda de madrugada, quando “as sombras dos três frades, muito longas, cruzavam-se sobre o corpo”, sombra tirânica e mortífera a lançar a escuridão (sintoma da repressão) aludindo justamente a uma multiplicada cruz, forma emblemática do sofrimento.

A revolução promovida pela população que explodirá ao fim da novela após a Paixão do físico configura o resultado ideológico gerado pelo sacrifício do herói. O Físico Prodigioso, nesse sentido, poderia ser identificado como um texto apocalíptico, porque instaurador de uma nova ordem. E além da possível relação com o livro atribuído a João Evangelista que fecha o cânone bíblico, a revolta do povo ¾ em tantas oportunidades aproximada metaforicamente a referências aquáticas ¾ parece-nos ainda uma alusão ao dilúvio do Antigo Testamento. Não é, pois, casual que Francisco F. Sousa analise o físico sob uma lógica evolutiva “que vai de uma figura adâmica a uma figura cristológica”, já que os capítulos inicial e final potencializam exatamente a contraposição entre esses dois mitos bíblicos no personagem central da narrativa.

Mas não devemos deixar escapar a paixão do Físico no que diz respeito ao campo semântico amoroso, já que, antes de pertencer a qualquer gênero textual, antes de ser paródia ou releitura de mitos culturais e literários, a novela é, em seu fundamento, uma história de amor. E, para percorrer esse âmbito, o autor recorre à incontornável herança camoniana, outra referência indubitável da narrativa, catalisada certamente pelo fato de Sena ter se dedicado ao estudo da poética de Camões, tendo construído sobre o autor quinhentista sólida fortuna crítica. Do poema épico de Os Lusíadas, por exemplo, o episódio da Ilha dos Amores, em que vitoriosos portugueses são laureados, pode ser visto como material primário para a construção do ambiente encontrado pelo herói no castelo de Urraca — personagem em que Fábio Mário Silva verifica uma “encarnação arquetípica fortemente marcada pela figura de Afrodite”, ampliando um pouco mais nosso catálogo de referências. No desenho dos dias no reino a partir de então, Orlando Nunes de Amorim identificará exatamente “a orgia do físico com todas as donzelas do castelo, a ressurreição dos cavaleiros mortos por elas e o estabelecimento de uma espécie de camoniana ilha dos amores, em que o amor impera”. E uma leitura mais aprofundada da relação da novela com a poética camoniana já oferecemos em outra ocasião, no ensaio “O amor n’O Físico Prodigioso sob reflexos camonianos”.

A novela abriga, assim, nas citações multiplicadas, algo do vasto repertório cultural e literário de Jorge de Sena, que o autor lega-nos como herança nessa obra que, no fim, alinhava-se às suas próprias referências como espólio literário da humanidade.

Referências

1. AMORIM, Orlando Nunes de. “O Físico Prodigioso no tecido fáustico”. In: SANTOS, Gilda (org.). Jorge de Sena em Rotas Entrecruzadas. Lisboa: Cosmos, 1999, p. 267–74.

2. AZEVEDO, Orlanda. “A imagem do corpo próprio: do mito de Narciso à ‘fase do espelho’ em O Físico Prodigioso (1966), de Jorge de Sena”. In: Textos e Pretextos — O Espelho. Lisboa: Faculdade de Lisboa, no 2, 2003, p. 3–8.

3. BERARDINELLI, Cleonice. Estudos Camonianos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

4. CAMPOS, Agostinho de. Camões Lírico. Paris-Lisboa: Aillaud e Bertrand, s. d., v.4.

5. FAGUNDES, Francisco Cota. “O artista com um malho: uma leitura d’O Físico Prodigioso”. In: SHARRER, HARVEY L. & WILLIAMS, FREDERIK G., org. Studies on Jorge de Sena. Santa Barbara: University of California/Bandanna Cooks, 1981, p. 133–41.

6. HARLAND, Mike. “Metamorfose, transformação, individuação: aspectos junguianos de O Físico Prodigioso de Jorge de Sena”. In: Metamorfoses. Lisboa: Caminho, no 6, 2005, p. 243–8.

7. LOURENÇO, Jorge Fazenda. “As rosas do desejado: sobre O Físico Prodigioso de Jorge de Sena”. In: Convergência Lusíada. Rio de Janeiro: Real Gabinete Português de Leitura, no 9, 1992, p. 109–27.

8. MACHADO, Maria Staack Reis. “O realismo poético na ficção de Jorge de Sena”. In: SHARRER, HARVEY L. & WILLIAMS, FREDERIK G., org. Studies on Jorge de Sena. Santa Barbara: University of California/Bandanna Cooks, 1981, p. 161–69.

9. SANTOS, Gilda da Conceição. Uma Alquimia de Ressonâncias: O Físico Prodigioso de Jorge de Sena. Tese de Doutorado. Faculdade de Letras da UFRJ. Rio de Janeiro, 1989.

10. SENA, Jorge de. O Físico Prodigioso. Lisboa: Edições 70, 1983.

11. SILVA, Fábio Mário. A função das personagens femininas em O Físico Prodigioso, de Jorge de Sena. Lisboa: CLEPUL, 2015.

12. SOARES, Marcelo Pacheco. Espelhos deformantes: a escrita diabólica de Jorge de Sena em O Físico Prodigioso. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Letras da UFRJ. Rio de Janeiro, 2007.

13. — — — . “O amor n’O Físico Prodigioso sob reflexos camonianos”. In: Metamorfoses. Lisboa: Caminho, no 9, 2008, p. 55–63.

14. SOUSA, Francisco F.. “Abordagem: espaços”. In: SEIXO, Maria Alzira (org.). O Corpo e os Signos — Ensaios sobre O Físico Prodigioso de Jorge e Sena. Lisboa: Editorial Comunicação, 1989, p. 23–42.

* Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro; Doutor em Literatura Portuguesa.

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