As Elegias de Duino e sua traduzibilidade na Amazônia

Ed Caliban
Revista Caliban issn_0000311
11 min readJun 20, 2017

--

Jairo Vansiler

Francesca Woodman, Angels series Rome, 1977

Considerando o procedimento crítico que qualifica a difusão da obra de arte pelo mundo, não por meio da influência e sim pelo seu reflexo, como num jogo de espelhamentos característico da linguagem artística, as obras se cruzariam sempre em lugares comuns, semióticos ou culturais, mesmo que com formas, tempos ou tradições diferentes. Assim percebemos a recepção de Duineser Elegien, via tradução em Belém do Pará como As Elegias de Duino[1], vertida pelo poeta e tradutor Paulo Plínio Abreu e por Peter Paul Hilbert, antropólogo e literato alemão.

Cabe destacar a negligência da crítica especializada, que ao elencar as traduções de Rilke no Brasil, ainda não direcionou o seu olhar para esta tradução que já está na sua 2ª edição, inclusive em catálogo. Referimo-nos, por exemplo, à importante publicação do livro Poemas e Pedras resultado da pesquisa da germanista Rita Rios (2001), que ainda não conseguiu alcançar outras traduções de Duineser Elegien de Rilke além daquelas já “consagradas”.

Assim, retomo a discussão em que se introduz esta problemática, através da leitura da Tarefa do Tradutor de Walter Benjamin, avaliaremos esta tradução na Amazônia brasileira como um desdobramento crítico dentro do que Benjamin pensou também como Meio-de-reflexão na obra O conceito de crítica de arte no romantismo alemão. Percebemos uma comunicação interna dentro do pensamento especulativo deste autor alemão, que acreditamos ser produtivo para pensarmos esta obra poética, que adquiriu dimensões amazônicas, fazendo com que a mesma extrapolasse as suas fronteiras linguísticas e nacionais, sendo mentalizada por uma intelectualidade sedenta por atualização, que representasse o “novo” na linguagem literária. Sendo assim, o pensamento poético de Rilke daria o subsídio necessário para começar uma discussão que teria novos desdobramentos, não só para produção poética local, mas também de modo geral no Brasil.

Na discussão sobre A tarefa do Tradutor, Haroldo de Campos lerá criticamente o conceito de Überleben também como “pervivência”, na ocasião da deferência de Benjamin à característica de certas obras de arte, incidindo em sua sobrevida. Segundo o teórico alemão, estas obras nunca morreriam, pois a sua alta carga de informações estéticas lhes garantiria a traduzibilidade, que em termos da teoria literária seria a poeticidade, tornando-se, portanto, exemplar.

Nessa perspectiva, a proposição “exemplar”, também vista como modelo ou arquétipo (Vorbild, Urbild), é oportuna não apenas como um modelo a ser copiado, mas como a demonstração de que a tradução é possível, mesmo que ela não represente mais nada para o original. Todavia, ela promove o contato relacional, obrigando a comunhão, mesmo que formal entre as línguas e culturas. Essa relação entre diferentes línguas já representaria um aditivo para ambas através desse mecanismo, que não deixa de ser uma abertura ao outro, a possibilidade de compartilhamentos.

Acreditamos, Duineser Elegien é um modelo exemplar de obra carregada de traduzibilidade, que em contato com a língua portuguesa, na Amazônia brasileira, na virada da metade do século 20, adquiriu o seu complemento formador mantendo o seu caráter de abertura, livre. Este caráter da ingenuidade infantil que consiste em ver com “abertura”, será pensado por Rilke como algo natural, mas que perdemos ao crescer, em detrimento da disciplina condicionada unifocal de um padrão cultural, como percebemos na oitava elegia:

Com todos os olhos a criatura vê/o Aberto. Só os nossos olhos estão/como invertidos e postos inteiramente em torno dela/como armadilhas ao redor do seu caminho livre./O que está fora, conhecemos apenas/pela fisionomia do animal; pois a criança ainda nova/já a viramos e a obrigamos a ver para trás/formas, não o Aberto que no rosto do animal/é tão profundo. Liberto da morte. [RILKE, 2008, p. 167].

A sua característica de incompletude, de abertura, é a janela aberta para que esta obra seja sempre atualizada, em qualquer língua e em qualquer tempo. É a afinidade entre as línguas que garante a sua eterna atualização. Nas palavras de Benjamin: “Desse modo, a finalidade da tradução consiste, por último, em expressar o mais íntimo relacionamento das línguas entre si.” [BENJAMIN, 2011, p.106]. Esse relacionamento íntimo entre as línguas assinalado pelo ensaísta alemão, com uma ingenuidade voluntária, até infantil. Portanto, no caso das “Elegias de Duino”, vemos realizada a tarefa dos tradutores-críticos Abreu e Hilbert como tradutores de seu tempo. Nesse sentido, nada seria mais ingênuo para aquele contexto histórico de produção, condicionada ao “fechamento” cultural, que uma tradução aberta e partilhada.

Sobre as dificuldades em geral dessa tarefa, alerta Paulo Plínio Abreu (2008), que se encarregou de fazer os comentários de todas as elegias, publicadas como prefácio às traduções:

As Elegias de Duino condensam por assim dizer uma riquíssima experiência poética e existencial, e estão de tal modo ligado a episódios e experiências da própria vida do poeta que, por vezes, só o conhecimento desses fatos pode lançar luz sobre certas obscuridades. [ABREU, 2008, p.116].

Não se trata, nesse caso, de fazer a priori uma análise psicológica do autor, tão pouco de se prestar ao feitio investigativo de “vida e obra”, mas de uma necessária pesquisa de como se ler poesia, principalmente a de tamanha densidade, cuja tradução seria uma prova de leitura que garante isso, pois “Rilke concorreu para aumentar ainda mais as dificuldades que sua obra já por si oferece, empregando por vezes combinações inéditas de palavras, a que em língua alemã naturalmente se presta, mas que dificilmente se pode traduzir” [ABREU, p. 116].

Vejamos os seguintes excertos, o primeiro e da edição alemã da INSEL Verlag (Frankfurt am Main) e o próximo é o da ed.ufpa (Belém):

Schließlich brauchen sie uns nicht mehr, die Früheentrückten,/man entwöhnt sich des Irdischen sanft, wie man den Brüsten/milde der Mutter entwächst. Aber wir, die so große/Geheimnisse brauchen, denen aus Trauer so oft/seliger Fortschritt entspringt — : könnten wir sein ohne sie?/Ist die Sage umsonst, daß einst in der Klage um Linos/wagende erste Musik dürre Erstarrung durchdrang;/daß erst im erschockenen Raum, dem ein beinah göttlicher Jüngling/plötzlich für immer enttrat, das Leere in jene/Schwingung geriet, die uns jetzt hinreißt und tröstet und hilf. [RILKE, 1974, p. 14].

Schließlich brauchen sie uns nicht mehr, die Früheentrückten,/man entwöhnt sich des Irdischen sanft, wie man den Brüsten/milde der Mutter entwächst. Aber wir, die so gro e/Geheimnisse brauchen, denen aus Trauer so oft/seliger Fortschritt entspringt — : könnten wir sein ohne sie?/lst die Sage umsonst, daß einst in der Klage um Linos/wagende erste Musik dürre Erstarrung durchdrang;/daß erst im erschockenen Raum, dem ein beinah göttlicher jüngling/plötzlich für immer enttrat, das Leere in jene/Schwingung geriet, die uns jetzt hinreißt und tröstet und hilf. [RILKE, 2008, p. 128].

Além da dificuldade natural do texto, na edição brasileira editada pela ed.ufpa(Editora da Universidade Federal do Pará) existe o problema editorial demonstrado pelos recorrentes erros na impressão. Ora, se uma edição bilíngue serve para auxiliar o leitor-pesquisador para diminuir as suas dificuldades de penetração nas “matas da linguagem” que representam as Elegias, estas edições, desde a primeira de 1978 até a recente de 2008, ainda precisam superar esta gralha. Hiato que atravessa inclusive todo o livro Poesia[2] em que Duineser Elegien e sua tradução estão inseridas. Muitos são os casos que nos preocupam, quando se trata de língua alemã (que não é pouca coisa), inclusive na epígrafe do livro, que é um recorte de um poema de Rilke dedicado a Baudelaire. Enfim, além destas questões flagrantemente de ordem tipográfica, dificultando ainda mais o acesso à leitura e à pesquisa deste magnífico texto em versões alemã e portuguesa presentes na Amazônia pelo menos desde a década de 1950.

Quanto às dificuldades, digamos natural desse engenhoso poema, recortaremos alguns versos para exemplificarmos a árdua tarefa que desempenharam os tradutores. Não temos espaço, nem tempo para nos detalharmos em uma avaliação formal ou estilística do poema como um todo, de forma detida, que ofusque o nosso Leitmotiv, que é trazer uma amostra da densidade energética que o mesmo demonstra, fazendo a diferença necessária entre as línguas alemã e portuguesa nos seus aspectos distintivos fundamentais. Nesse sentido, esta avaliação visa flagrar as duas versões como um só texto, percebendo as diferenças, mas também como elas se complementam. Afinal, para nós, não faria sentido uma versão bilíngue que não projete uma leitura nessa perspectiva dialógica. Vejamos o fragmento do poema:

Schließlich brauchen sie uns nicht mehr, die Früheentrückten,/man entwöhnt sich des Irdischen sanft, wie man den Brüsten/milde der Mutter entwächst. Aber wir, die so große/Geheimnisse brauchen, denen aus Trauer so oft/seliger Fortschritt entspringt — : könntenwir sein ohne sie?/Ist die Sage umsonst, daß einst in der Klage um Linos/wagende erste Musik dürre Erstarrung durchdrang;/daß erst im erschockenen Raum, dem ein beinah göttlicher Jüngling/plötzlich für immer enttrat, das Leere in jene/Schwingung geriet, die uns jetzt hinreißt und tröstet und hilf.

Finalmente não precisam mais de nós os que partiram cedo,/perder-se docemente o hábito do que é terrestre, como o seio materno suavemente se deixa, ao crescer. Mas nós que de tão grandes/mistérios precisamos, para quem do luto tantas vezes/o abençoado progresso se origina — : poderíamos passar sem eles?/É vã a lenda de que outrora, lamentando Linos,/a primeira música ousando atravessou o árido letargo,/que então no sobressaltado espaço, do qual um quase divino adolescente/escapou de súbito e para sempre, o vazio entrou/naquela vibração que agora nos arrebata e consola e ajuda?

Schließlich brauchen sie uns nicht mehr, die Früheentrückten,

Na palavra destacada em negrito, die Früheentrückten, encontramos uma típica composição alemã unindo um advérbio de tempo (früh) que pode ser traduzido para o português,

“Finalmente não precisam mais de nós os que partiram cedo,”

Em língua portuguesa é imensa a dificuldade de construir esse tipo de composição sintética, que formalmente ocorre esta composição de palavras por meio da aglutinação e por justaposição, mas raramente ultrapassam mais do que duas palavras. Justaposição frequentemente exige hífen, já a aglutinação sobrepõe duas palavras forçando uma das duas a perder sua integridade sonora, formando uma terceira, ressignificada.

Em alemão estas composições são largamente utilizadas, inclusive nas locuções adjetivas, adverbiais, por exemplo. Essa diferença é bem perceptível no caso destacado, em que percebemos a palavra aglutinada alemã Früheentrückten ser dissolvida em os que partiram cedo, mas sintetizando uma locução adverbial na ideia. Acreditamos que essa escolha tradutória dificilmente escaparia dessa alternativa, do ponto de vista formal, dando prova do limite da integridade do outro (da língua estrangeira).

Acreditamos que muito possivelmente Rilke tenha inventado esta palavra, pois não a encontramos na formalidade pragmática da língua alemã da forma como ela se apresenta. Essa palavra foi meticulosamente construída para celebrar o desaparecimento precoce do jovem herói Linos. O desaparecimento de alguém da vista do ser humano, em português, é indicado com o verbo “partir”, que não determina necessariamente a morte física do corpo, mas indica, por exemplo, uma viagem. Por mais longe que a viagem seja, há sempre uma possibilidade de retorno, mantendo aberta esta possibilidade do inesperado acontecer. Outro verbo que completa esta ideia é “arrebatar” (sumir subitamente), que em português não significa morte, mas tão somente “suspensão do chão” (sair de si) como infere o verbo “arrebatar” flexionado em alemão (hinreißt), muito comum no campo semântico da magia.

Destacamos as ocorrências de várias orações coordenadas, subordinadas e intercaladas: “Ist die Sage umsonst, daß einst in der Klage um Linos/wagende erste Musik dürre Erstarrung durchdrang;/daß erst im erschockenen Raum, dem ein beinah göttlicher Jüngling/plötzlich für immer enttrat, das Leere in jene/Schwingung geriet, die uns jetzt hinreißt und tröstet und hilf.” Ao mesmo tempo que percebemos rimas internas e externas com forte apelo ao som consonantal, com enjambements recorrentes, na tradução percebemos o mesmo acompanhamento sintático, com os conectores, coordenando-se e subordinando-se mutuamente, a saber: “É vã a lenda de que outrora, lamentando Linos,/a primeira música ousando atravessou o árido letargo,/ que então no sobressaltado espaço, do qual um quase divino adolescente/ escapou de súbito e para sempre, o vazio entrou/naquela vibração que agora nos arrebata e consola e ajuda?”. Em alemão, esta extensa pergunta, auto reflexiva, pode ser feita sem o sinal de interrogação, no entanto, em língua portuguesa isso não é possível sem incorrer em desvio padrão, embora a disposição sintática da construção em português ter-se germanizado ao máximo com as sucessivas “inter-sub-co” orndenações, mas ter encontrado, ao fim, o seu limite irredutível.

De outro modo, encontramos em “seliger Fortschritt entspringt — :könnten wir sein ohne sie?” sem prejuízo do enjambement violento que dificulta a nossa análise, no qual quebramos o verso ao meio para analisá-lo, temos muita informação estética no fragmento: “ — : könnten wir sein ohne sie?”. Travessão, dois pontos, palavra em itálico, são indicativos de uma emersão de uma “voz”, um gesto de oralidade materializando um diálogo de vozes dentro do poema: “poderíamos passar sem eles (os que partiram cedo)?”. Rilke corrompe o padrão formal de perguntas da escrita alemã, que nesse caso, por ser uma conjugação com dois verbos (könnten e sein) construindo um tempo futuro, o último verbo deveria estar no fim da frase, mas no lugar, Rilke coloca o pronome “eles” (sie); no entanto na língua portuguesa isso é possível, sem transgressão da norma, ou seja, alterar a posição do pronome e dos verbos.

Percebemos um discurso de transformação, dentro de um campo semântico peculiar ao sobrenatural como “grandes mistérios” (große Geheimnisse). Situações liminares que nos remetem ao ambiente de passagem, desde a primeira alegoria, dos que de súbito são arrebatados, ou “os que partiram cedo”, sendo atravessadas por um vocabulário cheio de ambiguidades, ora “docemente”, “suavemente”, “materno” e ora “luto”, “vã”, “lamentando”. Este universo mítico é a tônica de todas as elegias, no dizer de Abreu (2008, p. 117): “O tema central das Elegias de Duino é o mistério do homem e de seu destino num mundo que desaparece”, nesse sentido, a morte é o signo mais celebrado, ora como possibilidade, ora como impossibilidade, daí outra imagem que emerge nesse entremeio, o anjo, que junto a outras alegorias provisórias como a infância, o espantalho e os amantes, fazem uma constelação de seres de uma mitologia paralela, na qual fica difícil de saber qual é a língua que o eu-no-poema fala. Em todo caso, o que lemos é uma língua intersticial, entre o alemão e o português, dificilmente identificável por padrões linguísticos.

Podemos afirmar que o poeta e tradutor Paulo Plínio Abreu e tradutor morreu em 1959, e a primeira tradução de Duineser Elegien na íntegra para língua portuguesa ocorreria em Portugal somente em 1969[3] por Paulo Quintela e no Brasil em 1972 por Dora Ferreira da Silva. Diante disso, acreditamos que, pelas evidências até levantadas, a tradução de Paulo Plínio Abreu e Peter Paul Hilbert possa ser pioneira em língua portuguesa, não apenas no Brasil, mas no mundo. Não acreditamos que este argumento queira desqualificar as outras traduções de Duineser Elegien para a língua portuguesa, e sim acentuar a relevância deste tema para nós: trazer ao leitor brasileiro uma informação adicional, que pensamos ser relevante para um melhor entendimento do processo de recepção de Rilke no Brasil, através desta tradução entendida como uma troca de experiências, fundamental na formação de nomes como Benedito Nunes, Mário Faustino, Haroldo Maranhão, Max Martins, Ruy Barata e o próprio Paulo Plínio Abreu e por que não dizer, Peter Paul Hilbert. Com efeito, vemos na referida tradução compartilhada uma prova da tarefa estética e ética por excelência, fazendo circular formas, histórias e expectativas promissoras na Amazônia ainda hoje.

*

Post scriptum: Apesar de esta tradução aparecer publicada somente em 1978 pela Universidade Federal do Pará, vimos sinalizada a sua publicação na edição nº 1, ano I, em fevereiro de 1952, na seção “Noticiário” (em que a edição da Revista noticiava novos lançamentos). Além da publicação de “As Elegias de Duino”, também é noticiada a publicação de Os cadernos de Malte Laurids Brigde traduzida por Paulo Plínio Abreu e Peter Paul Hilbert. Mas esta tradução nunca foi localizada.

Notas:

[1] Os raros comentários que temos sobre esta tradução creditam-na primeiramente a Paulo Plínio Abreu, colocando a participação do alemão na coadjuvância. No sentido de desconstruir essa visão, creditamos essa tradução ao caráter da partilha, gerando outro significado em que se percebe um esforço mútuo de pensar esta relação tradutória dentro do contexto do compartilhamento.

[2] Paulo Plínio Abreu morreu muito jovem, em 1959, com 38 anos. Antes disso, porém, ele publicou poemas e traduções em jornais e revistas de Belém desde 1940, inclusive no Suplemento Literário/Folha do Norte. Depois da sua morte seu espólio ficou a cargo de seu amigo Francisco Paulo Mendes, que em seus arquivos encontrou além de um livro organizado pronto para publicação (Poemas), outros poemas esparsos e inacabados. A tradução de Duineser Elegien, organizada e comentada por Abreu, com créditos para Paulo Plínio Abreu e Peter Paul Hilbert também foi encontrada nesta ocasião. Mendes então reuniu toda essa produção e a publicou em um só livro que intitulou de Poesia.

[3] Para maiores informações acessar o site oficial do Instituto Camões: http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/figuras-da-cultura-portuguesa/1439-paulo-quintela.html acesso em 12 de julho de 2012. Nele encontraremos todas as datas das traduções feitas de Rilke por Paulo Quintela.

--

--