A Cartilha de Poesia do Senhor Diogo Vaz Pinto

Ed Caliban
Revista Caliban issn_0000311
12 min readJun 25, 2022

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Jefferson Dias

Em maio do ano corrente, veio a lume, pela editora Contracapa de Portugal, a antologia de poesia contemporânea Um Brasil ainda chamas, com organização e notas deste que vos escreve e de Wilson Alves-Bezerra. Em sete de junho, o obscuro Senhor Diogo Vaz Pinto cometeu, a respeito da referida coletânea, resenha carregada de aleivosias, publicada no Jornal i, a qual, não fosse pela gratuidade da detração, poderia fazer jus ao costumeiro e deferente silêncio. Posto que não passe de exercitação no campo do desplante, decido-me pela salutar réplica — fixada por não outra senão a pena da galhofa.

Triste Brasil! Mas não tão dessemelhante. Sim, ainda hoje só os trafulhas parecem capazes de se organizar e cooperar no gamanço, ou, para dizer de modo mais vulgar, auferre trucidare rapere falsis nominibus imperium. Mas se arremedo Gregório de Matos é porque, entrementes, desassossega-me a mim o que pode vir a suceder à sua obra. Pois que tem vigorado, desde o dia sete de junho do ano da graça de 2022, A Cartilha de Poesia do Senhor Diogo Vaz Pinto (ou O Peremptório Manual do Bem-Fazer Poético do Doutor D. V. Pinto, como Ele preferirá), pela qual fica terminantemente interdita a — e requesto aqui a devida vênia pelas aspas — “indigestão face a ocorrências imediatas e pavorosas”. Eu, em minha mortal loucura — cura — ou inocência, cheguei a julgar digna de crédito a poesia — se é que assim ainda me é permitido designá-la — do alcunhado Boca do Inferno. Não ouso nem mesmo pensar em outros expoentes de tão indigna modalidade de escrita, quanto mais arrolá-los, posto que sejam tantos.

Mesmo que não atine precisamente com o motivo de tal coisa, obseda-me a recordação o decassílabo do poeta baiano — ou ex-poeta –; e nisto cuidando, ocorreu-me o comentário a respeito do soneto: “é sobre essa identificação profunda de sujeito e objeto que assenta a liricidade do texto: as contradições da história social falam aqui pela voz do indivíduo”. Confesso o pasmo. Como pode a liricidade assentar aí? Pode ser que se trate de um arroubo de insubmissão, talvez porquanto não tenha o autor do trecho, Alfredo Bosi, o crítico — ou ex-crítico –, tomado ciência da referida Cartilha do Senhor Pinto; é presumível que o não tenha feito por ter morrido antes de ver sua vigência. Curioso. Julguei-o um crítico literário fiável. Não sei. O que sei é: da outra banda do Atlântico chegarão os bombeiros ao som de sintetizadores, encabeçados por um Tom Cruise demasiado suado, sob a luz quente da cinematografia alucinada e, como no romance de Ray Bradbury, atearão fogo ao pobre Gregório. Triste Gregório! Ó quão resplandecente.

Dou-me conta apenas agora: eventualmente seremos calcinados também, eu e o meu malfadado companheiro de aventura, Wilson Alves-Bezerra, por termo-nos lançado a uma novíssima: a de antologiar, movidos por um “tremendo e até desolador equívoco”, textos de denúncia política — não se trata de poemas, como deixou claro o Senhor Pinto.

Sim, a princípio eu achara chiquérrimo, como a boa cadelinha vira-latas que sou, uma longuíssima resenha em um jornal europeu, acerca da nossa modesta seleta, Um Brasil ainda em chamas, lançada em Portugal pela “minúscula editora de Vila Meã, a Contracapa — a dos livros feitos à mão, numa simplicidade rigorosa”. Até que dei com o martelo do Senhor Pinto: “no que respeita à poesia, e por razões que tentaremos dilucidar de seguida, esta antologia é confrangedoramente infeliz”. Creio que por deter um atilado e hollywoodiano entendimento acerca do que seja a narrativa, o Senhor Pinto impingiu-nos este cliffhanger. O fato é que li o texto até ao mais ultimado fim e não deparei a elucidação prometida. É certo que tenha, nesse ínterim, cochilado, que tenha levado, para tanto, três ou quatro dias. De todo modo, torço para que o Senhor Pinto esteja aprontando uma segunda parte, na qual esteja contida a anunciada exposição.

Agora já não sei se acho assim tão fino que meu nome conste do jornal português. O que sei é: já não é possível cantar a gente surda e endurecida, que dirá ter a lira destemperada. Depois quis me parecer que o Senhor Pinto se desacomodou — e ao ponto de cometer um texto longuíssimo como esse que veio a lume no dia sete de junho de 2022. De qualquer maneira, decido-me pelo auspício. No mais, a ingente peça de “crítica”, quando não muito enfastia, diverte.

Estimo! Ou mais: invejo! Invejo a presunção do Senhor Pinto! Poucas vezes achei empáfia assim rombuda — ou bojuda, não me posso resolver –, assim robusta, assim vascularizada! Vem de uma altura, descende de ebúrnea torre com a fúria de Zeus — e, se avança, manquitola como Hefesto. “Os organizadores desta antologia nem se perguntam o que é a poesia, e ao abdicarem dessa indagação, abandonam-se a preceitos convencionais, assumindo que o poema não é mais que um meio de pôr em evidência esses que sofrem a história”, diz-nos o Senhor Pinto. Vejam com que sofreguidão Ele se arroga a si o direito sobre a poesia! É de arrancar lágrimas até à mais desalmada das criaturas. E a sanha demiúrgica? A demonstração de força, do talento telepático, da longanimidade onisciente com que atura o disparate? Porque o Senhor Pinto não apenas assegura que os “organizadores nem se perguntam o que é a poesia”, como também dá por certo que eles se incumbem de usar o poema como um mero “meio de pôr em evidência esses que sofrem a história”. Efebos de todo o mundo, atentai: o Senhor Pinto conhece cada enlevamentozinho que rebenta dentro de vossas flébeis cabecinhas!

Não me furtaria em inferir empenho difamatório na resenha do Senhor Pinto, no entanto que sei eu? Sou apenas um incauto. O Senhor Pinto é que sabe das coisas. Vejam que Ele escreveu, para o mesmo jornal, um edulcorado encômio sobre Top Gun: Maverick. Não, vocês não leem mal: trata-se da película com o Tom Cruise. “Um filme para salvar o cinema”, segundo o Senhor Pinto, de modo que Tom, “a última esperança”, ergue-se besuntado, como um novo Aquiles, o salvador da pátria, o guardião da macheza “contra o regime do estardalhaço infantil”, o último baluarte do cânone ocidental. O Senhor Pinto é que sabe das coisas. E é o que é: um homem europeu legitimando a propaganda armamentista neocolonialista — auferre trucidare rapere et caetera per omnia saecula saeculorum –, visto que essa tranquibernia a que Ele chama “um filme para salvar o cinema” não passe de propaganda americana de heroísmo, o batido nós contra eles, justamente quando a Rússia despoleta guerra em solo europeu, propaganda para elevar o moral, para reafirmar um ideal de nação, soft power, como queiram.

No que me toca, eu seria capaz de apenas dizer que um latino-americano não pode nem chorar as pitangas em paz, que logo vem o colonizador para dizer o que se pode e o que não se pode fazer, para lembrar-lhe qual o seu lugar no mundo, mas não pretendo corroborar o argumento do Senhor Pinto. Incorro em heresia, todavia assevero o óbvio: Um Brasil ainda em chamas é uma antologia de poesia. Ao contrário do Senhor Pinto, tentarei dilucidá-lo de seguida. Senão vejamos: o Senhor Pinto, ao introduzir o poema intitulado “O sétimo selo”, fala em um “dispositivo em que o autor está em conluio com o leitor numa relação em que os dois podem revezar-se, sendo decisivo apenas essa cumplicidade” — qual será esse dispositivo? Pois que o Senhor Pinto não se dá ao trabalho de demonstrá-lo; apenas faz citar um excerto do texto, e depois se exime da explicação devida, com uma evasiva safada: “seria fastidioso prosseguir o mesmo exercício com tantos outros dos supostos poemas recolhidos nestas páginas”. Qual exercício, Senhor Pinto?

A mim cumpre o exercício da inspeção. Neste “O sétimo selo”, está em jogo a melopeia — para emprestar do velho Pound um recurso analítico. É um dado interessante, em se considerando uma obra pródiga em imagens como a de Wilson Alves-Bezerra. Chateia-me que o Senhor Pinto não tenha se dignado a notar o sofisticadíssimo jogo que se desenvolve em torno da iteração: por meio do refrão “foi no tempo da peste”, Wilson vai levando o leitor aos trambolhões através da terra desolada. A engenhosidade consiste em o poeta referenciar o texto bíblico não tematicamente, mas estilisticamente; quer dizer, com um alento jazzístico, Wilson emula o crescendo que perpassa a abertura de cada um dos selos apocalípticos. Ao Senhor Pinto, explico: chama-se variação sobre o mesmo tema.

Aqui se faz tempestivo um breve parêntese. Se toda poesia revela dimensão política, como certa vez asseverou Haroldo de Campos, vem a calhar o didatismo da distinção entre poema e panfleto. Sim, porque há a poesia a que se pode chamar política de propósito, aquela que, para dizer de modo plano, elege a vida política como mote — e não é panfletária. Para resumir: a conditio sine qua non é a qualidade poética do texto. Ora, o texto poético tem suas peculiaridades, tanto assim que é possível assinalá-lo como tal. Havendo a pretensão panfletária, há consequentemente a renúncia a um dos elementos determinantes da poesia: a sugestão. Se este não é um arrazoamento nulo, que periga recair em diletantismos esdrúxulos ou em predileções pessoalíssimas, talvez sirva para aclarar o que está acertado: nosso comprometimento político no ato de antologiar é desbragado; não menos pronunciado é o cuidado em discernir a boa poesia de temática política.

Digressão finda, retomo a diligência. O Senhor Pinto ainda nos diz que muitos dos poemas “são bastante curtos, e muitos são banais senão mesmo péssimos”. Do modo como está posto, fica parecendo demérito a brevidade do texto. Estarão proibidos, pela Cartilha do Senhor Pinto, os haicais? E dos poemas longos, por que não falou o Senhor Pinto? Porque há muitos deles em nossa antologia, há mesmo os longuíssimos. Não falou deles porque lhe agradam mais? Se lhe agradam, não custava nada aplaudir, poxa. O problema, contudo, não é serem “banais senão mesmo péssimos” os poemas, assim como não há problema em ser extensíssima a resenha do Senhor Pinto. O problema é que se o Senhor Pinto não se explica, não argumenta, fica tudo parecendo detração, espuma em boca de cachorro louco. O Senhor Pinto não se presta a dar nem sequer um exemplozinho, nem unzinho! Fica a maledicência pela maledicência. E a resenha sai despropositada — chata, chata.

Pois eu gostaria de me desigualar do Senhor Pinto. Afirmo que há bons e há ótimos poemas. Para tanto elegerei um exemplo e, a partir do mesmo, arrolarei os motivos pelos quais o considero bom ou ótimo, bem como argumentarei a este respeito, de modo a aclarar as minhas razões e, quem sabe, de modo a convencer quem me leia. Ao Senhor Pinto, explico: chama-se análise.

Não vou muito longe: fico com o poema que abre a antologia. Trata-se do “Brasil”, de Augusto Meneghin. Com efeito, um ótimo poema. Espécie de novelo de Ariadne, ouverture que anuncia a cadeia temática que com frequência se desenrolará nos textos que o sucedem. Nele já se fixa, de maneira decisiva, para citar o Senhor Pinto, “os factores de desigualdade, descentramento, desconforto e o deslocamento que são sentidos por quem vive no Brasil”, quer dizer, neste poema de Meneghin, o tupi mais uma vez tange o alaúde: é “um garoto do interior que beijou Baudelaire e abandonou as igrejas”. Sob a batuta ébria de Allen Ginsberg, “Brasil” se esteia em uma forma análoga à de “America”, do poeta estadunidense, em que uma única palavra — Brasil — faz as vezes de refrão e, como uma recidiva, faz rebentar versos pejados de virulência, de violência, saturados de, em suma, cor local.

O Senhor Pinto diz-nos que, com relação aos poemas que integram a antologia, “falta-lhes aquela impiedade magnífica de um verso perfeitamente cinzelado. Não há uma só frechada, um golpe que fique a ressoar e nos envergonhe ou gele”. De modo que fica parecendo ou que o Senhor Pinto não chegou a ler os poemas, ou que, como observa Guimarães Rosa, tudo não passa mesmo de uma questão de gosto, já que “cada um o que quer aprova, o senhor sabe: pão ou pães, é questão de opiniães”. Digo isto porque, ao menos a mim me parece, o poema do Augusto está tão crivado de frechas que mais parece uma peneira. Vejamos: “Brasil eu te dou cem reais e você me devolve uma favela”; “Ontem mesmo alguém virou um número de balas perdidas”; “Foi você que comeu minha mãe e deixou meu pai sem emprego na/ Gaveta antidepressiva”; “Brasil eu quero seu cu”; “As Academias são manicômios da Igreja/ As Igrejas são manicômios da Miséria” e por aí vai. Que tal?

E isto tudo para não falar no fecho acachapante: “Quero Augusto dos Anjos em versos brancos/ & morar na Sombra de sua Melancolia/ ser agarrado pela Noite sem sapatos/ & me afogar no mar poluído da Separação/ & dançar até o Apocalipse/ Das crianças mortas”. E as imagens? Que grande achado a “Noite sem sapatos”! E o “mar poluído da Separação”, o “Apocalipse das crianças mortas”? Considero aqui a imagem poética nos termos propostos por Pierre Reverdy, isto é, quando se apropinqua realidades díspares, sendo que quanto mais distantes entre si, tanto mais pujante a imagem poética que deste avizinhamento resulta. Ao Senhor Pinto, explico: “Noite sem sapatos”.

No que toca ao engenho, o poema de Meneghin revela-se completo; no que tange às frechas, também. Poderíamos ainda dissertar sobre como o tema geral encontra tratamento ajustado no tom mordaz que lhe dá andamento; ou mesmo sobre o diálogo com a tradição a partir de uma sacada antropofágica, quem sabe um embaraço originado por aquilo a que Harold Bloom chamou anxiety of influence, um desejo de melhorar o poema de Ginsberg etc., não sei, que sei eu? Acho que, agora sim, conquistei o direito de dizer que “seria fastidioso prosseguir o mesmo exercício”.

Contudo gostaria de me deter um bocadinho mais na imagem poética. Trata-se de uma tensa conciliação do inconciliável. Segundo Octavio Paz, toda imagem aproxima realidades opostas e, creio, o desvelamento da imagem tem que ver diretamente com a visão do poeta, com qualquer sorte de clarividência, com aquilo que faz dele um poeta. Neste sentido, não serão escassas as imagens que poderão ser colhidas ao longo de Um Brasil ainda em chamas. Para pinçar, ao acaso, alguns exemplos, temos: no poema de Susy Freitas: “Você pode boiar na piscina/ do clandestino./ Essa é a sua placenta./ O seu momento./ O seu caixão”; no de Jennifer Trajano, “cozinhar congeladas/ estrelas celestes”; no de Raquel Gaio: “a água escura que antes habitava os pulmões agora se tornou uma nova língua”; no de Anna Apolinário: “Tenho a guerra alinhavada nas artérias”; no de Mariana Paim: “Regar as plantas dos pés/ com o canto dos pardais” e mais, e mais.

Não posso evitar a pergunta: de que tipo de poesia gosta o Senhor Pinto? É curiosíssimo, se não hilário, que para dizer que no meu “Canto pré-apocalíptico” — sim, há um poema de minha autoria na antologia que preparei, que venham os bombeiros incinerar-me! –, “estamos sempre a ser devolvidos ao ‘obsedante pano de fundo sociopolítico’, e os poemas ressentem-se disso, nunca sobrelevando as circunstâncias que os motivaram”, é realmente interessante que para tanto o Senhor Pinto tenha escolhido um trecho que não consista senão em um roubo descarado que efetuei, de um artigo jornalístico do Monteiro Lobato e de uns pedaços do arquiconhecido “A rosa do povo”, do Drummond. De que tipo de poesia gosta o Senhor Pinto? Ajudar-nos-ia se ele se dignasse a oferecer um parâmetro que esteasse sua “crítica”. Em nossa antologia temos, por exemplo, o Edimilson de Almeida Pereira, que em um intervalo de 15 dias, em 2021, venceu o Prêmio São Paulo de Literatura e conquistou o segundo lugar no prêmio Oceanos; temos Prisca Agustoni, laureada com o Prêmio Cidade de Belo Horizonte neste ano de 2022; temos ainda o Wilson Alves-Bezerra, vencedor na categoria “Escolha do Leitor — Poesia”, da 58ª edição do Prêmio Jabuti. Se acaso não aprouverem ao Senhor Pinto os campeões, temos também os semifinalistas do Oceanos, como o Bruno Brum. E há também estreantes, sem louros nenhuns, como é o caso da Brenda Sodré.

Quando parece que quer dar justificativa admissível, o Senhor Pinto cita o alemão Hans Magnus Enzensberger, a fim de explicar que o caráter político da poesia não deve ser patenteado por intermédio de nenhuma dedução externa: “A crítica literária, convertida em sociologia da literatura, deixa de perceber o seu próprio objecto, do qual só pode apreender o que lhe é exterior e, pela eleição de um certo enfoque, renuncia, antes mesmo de formulá-lo, a emitir um juízo sobre a obra de que trata”. Acontece que, se não me falham os olhos, o alemão está tratando de crítica literária, e não de poesia — isto está posto no próprio excerto escolhido pelo Senhor Pinto e transcrito acima para que todos possam ler com os olhos que a terra há de comer. De qualquer maneira, se formos generosos e aplicarmos à poesia o que Enzensberger diz da crítica, o trecho acima serve para malsinar o Senhor Pinto, já que o raciocínio que ele desenvolve para chegar ao ponto de chamar a nossa de “antologia de denúncia política” se baseia apenas na detração do que há de externo aos textos, sem se dar ao trabalho de oferecer contraponto que consista em análise do que lhes seja interno.

Não sei mais que dizer. Entrementes encontro este elogio à antologia, encerrado em um dichote do Senhor Pinto: “é difícil sentir nesta obra o apelo de vozes distintas entre si, ressumando antes uma certa angústia epocal, uma gramática tomada pelo estupor diante de uma realidade a sair dos gonzos”. Como ele mesmo diz, “estando o país embrulhado numa autêntica guerra civil pelo domínio da sua narrativa”, achar uníssono em uma tal embrulhada é um baita mérito — já que são vozes que se enunciam de norte a sul do Brasil. No mais, aguardo o Tom Cruise bater à minha porta.

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